um choro irrompe
rito de passagem
coisa morta e podre que se decompõe e nasce
outra
sobre a carne redimida em húmus
do pó da noite
nasce uma vontade de viver
adiada pelo sonho de não ser
efêmera
de ser mais do que o nada
que a gente contempla
como colinas na estrada
II
onde o interior do mundo
se torna
o interior
de mim
eu cavo, e cavo
o meu coração frio
pra descobrir que, no fundo
há um túmulo vazio
ainda velo
minha família que não é minha
minhas escolhas que não são minhas
o meu amor que não é meu
III
enquanto o destino insiste
que por sobre as coisas mortas
cresçam raízes
a ignorar os muros
penso em minhas faltas
como ausências e culpas
que eu posso contar
pelo acúmulo das dúvidas
rito de passagem
coisa morta e podre que se decompõe e nasce
outra
sobre a carne redimida em húmus
do pó da noite
nasce uma vontade de viver
adiada pelo sonho de não ser
efêmera
de ser mais do que o nada
que a gente contempla
como colinas na estrada
II
onde o interior do mundo
se torna
o interior
de mim
eu cavo, e cavo
o meu coração frio
pra descobrir que, no fundo
há um túmulo vazio
ainda velo
minha família que não é minha
minhas escolhas que não são minhas
o meu amor que não é meu
III
enquanto o destino insiste
que por sobre as coisas mortas
cresçam raízes
a ignorar os muros
penso em minhas faltas
como ausências e culpas
que eu posso contar
pelo acúmulo das dúvidas
Comentários
Postar um comentário